Ah! Vida. Ingrata desilusão por sonhos perdidos
Sonhos inocentes sonhados onde as mentiras
Se fizeram tão vivas que o coração se entregou
E sorrindo por, indevida inocência, acreditou
Se abriu assim como a alma que tanto deu-se
Amando tanto que de duas vidas apenas uma fez
E gritando versos em sacros hinos de amor infindo
Viu-se, depois sozinha, por que tudo lhe foi fugindo
As juras se fizeram em nada e se foram ao tempo,
Em bisonhos cantos, como risos de ironia pura
E a alma que tanto deu-se, viu-se perdida e nua
Despida por que as vãs promessas que lhe cobriam
Eram todas mentiras cruas ditas com falso encanto
Que a alma, por vergonha, se esconde atrás do prantiras
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